terça-feira, 30 de junho de 2009

O Bode Respiratório...


Depois do super espectáculo oferecido pelos seguidores do mourismo, no passado Sábado, havia que tentar branquear o ocorrido através dos jornalecos sulistas do costume. Logo a Mérdia da Mouritânia, tratou de apresentar algumas explicações levianas para o sucedido: o campo não tinha condições para receber um jogo tão importante (parecia que se ia jogar a final da Liguilla del Milione); não havia policiamento suficiente; a claque do pardalinhos não foi pontual, pois os confrontos estavam marcados para as 15 horas; a Roullote do Zé Bifanas estava mal estacionada; venderam-se bilhetes a mais para mouros inocentes; etc.
Nenhuma das explicações dadas pelos jornais da Mérdia Árabe, conseguiu ser inovadora, a não ser as de um tal “Corriere De La Matina” – jornal oficial dos Mouros. Os tipos do citado matutino, tentaram branquear a batalha campal da final infantil, com uma notícia absolutamente bombástica, devidamente destacada na 1ª página, do dia 29 de Junho de 2009: na sua ida a Lagoa, os “Super Macacões destruíram por completo o Reino dos All-Garves e inclusivelmente os arredores”. Quando li a notícia, pensei logo: querem lá ber, que o jornalismo inbestigatório e estupidamente científico do Corriere de La Matina, ainda vai associar a ida dos Super Macacões ao All-Garve com os acontecimentos da Academia Alcocheteira?!?! Será que estão a preparar uma nova versão da teoria explicatória sobre a Guerrilha mourisca?!?! Não estranharei, se nos próximos dias, este reputadíssimo Jornaleco de Al-Ushbuna, noticiar em grandes parangonas, o novo “bode respiratório” dos acontecimentos tragi-cómicos dantescos, do dia 27 de Junho de 2009. Parece que já estou a ler a notícia: Os provincianistas Super Macacões aproveitaram ida ao All-Garve, para provocar o terror e o pânico na Academia do Sportingue. Foi tudo devidamente planeado pela claque portista, e nem o pequenino detalhe de irem de véspera para Lagoa, foi esquecido. Afinal, quem originou a famosa Batalha de Alcochete, foram alguns adeptos do FCPORTO, que não esqueceram o micro-pormaior de se mascararem de Pardalistas, para não deixarem qualquer tipo de indício aos agentes de autoridade. Crime quase perfeito! E imaginem lá, quem vai ser o suspeito de ter sido o Chefão desta operação – nem mais nem menos, do que o Grande Pintolakis Coustanis!
A este tipo de jornalismo muçulmano, terrivelmente faccioso e fanático, já os Tripeiros Conbictus se acostumaram há muito. Por isso mesmo, já não nos deixamos levar por notícias conspirativas, que têm como fundamento principal, a eterna atribuição de culpas ao FCPORTO, pelas coisas negativas deste pedaço de terra à beira-mar implantado.
Esta tentativa de distracção dos jornais locais da Mouraria, tem como objectivo, amenizar e suavizar, eventuais castigos aos dois clubes da 2ª circular da aldeia do Terreiro do Poço. Querem passar a ideia, de que é impossível controlar os actos vândalos das claques (seja ela qual for...). Embora repudie e condene veementemente os actos de desordem pública dos Super Macacões, devo dizer que é preciso destrinçar os acontecimentos. Enquanto os incidentes no jogo infantil Sportingue-Pardalinhos Mouriscanos, foram dentro do recinto desportivo e durante o próprio Match, já em relação aos desacatos provocados por alguns elementos dos Super Macacões, estes aconteceram fora do pavilhão e após o término da final da taça de Portucale de andebol, que opôs o FCPORTO ao ABC.
Para concluir, quero apenas dizer o seguinte: os jornais arábes não precisam de arranjar bodes respiratórios para as desorganizações logísticas e não logísticas dos seus clubes de recreio, porque os órgãos (in)competentes (neste caso, é o Conselho de Disciplina da FPF) julgam estes micro incidentes, entre umas boas goladas de Jack Daniels.

domingo, 28 de junho de 2009

A Vandologia Vandalística...


Sábado, dia 27 de Junho de 2009


Um dos poucos dias que poderia trazer alguma festividade e alegria, às bandas mouriscanas, foi marcado por actos corajosos de grande bravura, dos soldadinhos chefiados pelo mestre bigodeiro James Pirelli.
Na Academia do Sportingue, estava tudo (mal) preparado para o grande dérbi mourisco infantil, que decidiria o nouvel campione. Felizmente ou infelizmente, os dirigentes desportivos da Mouraria, são de um amadorismo intoleravelmente intolerável. Quando um qualquer clube, recebe no seu recinto a agremiação pardalisca, deve (ou deveria) ter cuidados requadruplicados. Recepcionar os Bois sem Nome com eficácia, é uma tarefa que exige enorme organização, e sintonia, entre as forças militares e os responsáveis do recinto desportivo anfitrião. No entanto, parece que esse facto, foi totalmente esquecido pelos dirigentes lagarticheiros. Esquecimento esse, que originou cenas lindíssimas e de uma beleza bélica extraordinária, no local do referido dérbi infantil. Tudo terá começado, quando os Bois Vândalos invadiram a Academia Alcocheteira, numa altura em que a partida já decorria há algum tempo (nestas coisas o que menos interessa é ver a bola…). Munidos de buldozzers (nenhum era o James Pirelli…), canhões pedregulheiros, metralhadoras, tochas, magnuns calibre amêndoas, granadas estomacais peideiras, e outros artefactos belicosos, conseguiram instalar o pânico e a confusão, nos outros mourecozitos que por lá se encontravam. Segundo a mérdia luseira, os espectadores foram obrigados a refugiarem-se no campo, provocando a interrupção do jogo entre as duas equipas de infantis. No calor da tarde (não confundir com o calor da noite…) emotiva, entrou também em cena, a claque das lagartichas, que contra-atacou de forma brilhante, as ofensivas de que era alvo – para isso, utilizou a ultra conhecida estratégia militar napoleónica : “se me mandares um pedregulho, eu mandar-te-ei dois ou três”. O foguetório, com direito a show-off pirotécnico, continuava lindo, até as cavalgaduras da Guarda, decidirem pôr termo àquele espectáculo inolvidável. Apesar disso, o Show must go off, porque alguma (ou algumas) cabeça iluminada achou que o jogo não tinha as condições necessárias para ser realizado! Quem diria?!?!
As batalhas violentamente travadas, apenas provocaram ferimentos em dois adeptos, alguns veículos albarroados e o adiamento do encontro. Este episódio DEVE-NOS PREOCUPAR A TODOS, pois, tanta pirotecnia não pode ter tão poucos feridos. Para ser considerado um acto vândalo eficaz, teria que haver mais cabeças, pernas e braços partidos. Soube a pouco... .
Talvez a logística vandalística dos Bois Bermelhos, não tenha sido a melhor, pois testemunhas do acontecimento, confidenciaram-me que alguns dos elementos invasores, estavam desprovidos de metralhadoras, usando em sua substituição, simples facalhões de mato. Algo a rever pelos organizadores vandalísticos dos Bois sem Nome. Desde há muito, que os considero os Super-Sumo da vandologia luseira e espero por isso, que estas pequenas falhas e percalços, não sejam impeditivos de os tornar “cada bez mais grandes” na arte de bem vandalizar.Para terminar, quero referir que ainda não ouvi nenhum vandólogo a teorizar sobre o assunto… . Se fosse a claque do Pintolakis Coustanis, já haveria uns não sei quantos energúmenos, a apelar castigos mil para o FCPORTO. Quão diferente é o tratamento dado a estes dois reinos…. .